sexta-feira, 20 de novembro de 2009

2012 (2012)

O pior filme do ano

Sala cheia. Pipocas no corredores logo no início da sessão. O zumbido permanente de cerca de 300 pessoas expectantes. Nem um lugar vazio. Não havia grandes dúvidas de que eu ia ver um blockbuster…
Fora exactamente o constante sinal de “Esgotado” que me fez querer ver aquele filme. Afinal, qual é o apelo que o público tem por cinema catástrofe?
…A pergunta permanece…
Roland Emmerich só dirige blockbusters - “10 000 BC”, “The Day After tomorrow”, “The Patriot”, “Godzilla”, “Independence Day”, “Stargate”, etc., etc., etc. E até agora, até tinha conseguido encontrar um equilíbrio entre os elementos do cinema espectáculo e os necessários à realização de boa história...
Mas desta vez falhou redondamente e em quase tudo.
A audiência, que devia ficar suspensa nas cenas mais dramática, ri-se delas. Não há paciência para tantos clichés. Tentar impingir cenas em que um bimotor, pilotado por uma pessoa inexperiente, atravessa as ruínas de um prédio a cair e sai ileso, trazendo lá dentro as únicas pessoas que sobrevivem a uma Los Angeles transformada em Inferno e que sobreviverão ainda a quase tudo o que o espectador puder imaginar de destrutivo… é demais. Essa fase acabou nas séries de super-heróis de – sei lá! - 1985 e, mesmo nessa altura, não era nada a que se colocasse um “selo de qualidade”…
O público foi absolutamente menosprezado, os actores sacrificados, todo o pessoal que esteve dentro da sala de montagem devia ser fuzilado e o guionista devia ter vergonha de assinar tal “coisa”. É que esforçaram-se MESMO para fazer um filme MAU!

Ainda gostava de saber como é que “aquilo” passou nos screening tests. Seriam adolescentes de 13 anos a dar pontuação? É que nem esses – crédulos, simpáticos, ávidos de emoções - deixaram de sorrir naquela sala escura!
Se fosse a pontuação para o pior filme do ano, eu daria DEZ estrelas a “isto”. Como não é, leva uma estrelita, pelo esforço dos actores (destaque para o louco de Woody Harrelson: talvez por ser louca foi a única personagem credível!) e porque seguramente houve quem - desgraçado - trabalhasse que se desunhasse para fazer aquela - tenho de o dizer! - bela bosta!

Classificação:

*