sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Karate Kid (The Karate Kid)

A tradição está de volta

Uma excelente surpresa este novo Karate Kid. Ok, já conhecemos a fórmula e tudo o que se vai passar durante o filme se estivémos minimamente atentos aos anteriores. No entanto, é a grande interpretação de Jaden Smith e Jackie Chan que tornaram este filme numa merecida homenagem a este género cinematográfico.
A sinopse é igual a todos os outros Karate Kid, não fossem os fãs ficar decepcionados: Dre Parker (Jaden Smith), é um garoto de 12 anos de Detroit, cuja carreira da mãe acaba por levar para a China. Dre apaixona-se pela sua colega de turma Mei Yin, mas as diferenças culturais tornam a amizade impossível. Pior ainda, os sentimentos de Dre fazem com que colega de turma e prodígio do kung fu Cheng se torne seu inimigo. Sem amigos numa nova cidade, Dre não tem a quem recorrer excepto o porteiro do seu prédio Mr. Han (Jackie Chan), que é secretamente um mestre do kung fu. À medida que Han ensina a Dre que o kung fu é muito mais que socos e habilidade, mas sim maturidade e calma, Dre percebe que encarar os coelgas de turma será a aventura de uma vida.
Interessante este "schift" de Karate para Kung fu nunca explidado no guião, mas o que é que interessa? Os golpes são igualmente surpreendentes e a filosofia por trás destas artes marcias é mais uma vez um ponto importante na acção. Se pudesse dar pontuação apenas aos interpretes levariam 5, no entanto e porque este guião não apresenta nada de supreendentemente novo leva:

Classificação:
****

Os Mercenários (The expendables)

A mesma fórlmula na versão VIP

Após breves instantes percebemos que já vimos este filme: no Rambo, em guerra aberta com os russos ou no Comando, em que não escapa o piriquito. No entanto já não leva porrada em toda a primeira parte do filme, uma vez que deixa uma lembrança considerável no adversário antes de passar ao ataque. A sinopse é clara e não deixa dúvidas que o guião será mais um entre um milhão: Os Mercenários é um filme de acção sobre um grupo de mercenários contratado para se infiltrar num país sul-americano e tirar do poder um ditador fora de controle. Logo no início da missão, estes começam a perceber que as coisas não serão tão fáceis quanto imaginavam, e vêem-se no meio de uma intrincada rede de mentiras e traições. Uma vida inocente é colocada em risco e os mercenários têm de encarar desafios em escalada crescente de dureza, os quais podem inclusive destruir a unidade da própria equipa.
De destacar a inteligência e pertinência de alguns diálogos (como por exemplo a cena em que entra Schwarzeneger). No entanto, vemos os grandes actores de acção na sua "confort zone" dando ao público o que ele compra... porrada... tiros... e muita porrada...
Assim, pelo défice de originalidade mas porque os actores estiveram ao nível do guião de Stallone, leva três morteiros.

Classificação:
***

domingo, 19 de setembro de 2010

Salt (Salt)

O melhor filme de acção dos últimos tempos

Este filme é uma autêntica surpresa. Quem for ao cinema à espera de um banal filme de acção americano - mesmo que assuma que Angelina Jolie sabe o que escolhe - não estará seguramente preparado para esta história.
“Como uma agente da CIA, Evelyn Salt (Angelina Jolie) fez um juramento sobre o dever, a honra e o país. Mas a sua lealdade será testada quando um desertor a acusa de ser uma espiã russa. Até a situação ser resolvida, Salt decide fugir, usando todas as suas habilidades e anos de experiência como agente secreto para escapar à captura. Ela tenta provar sua inocência, mas os seus esforços começam a pôr em causa as suas motivações. Enquanto a captura continua eminente, a verdade por trás da sua identidade contínua em questão: Quem é Salt?”
Acreditando na sinopse da Lusomundo, Salt é uma daquelas películas sobre o amor à pátria, já vistas mil vezes no cinema americano, com espionagem e contra-espionagem e muitos tiros e fugas. Não deixa de o ser. Mas, desta vez, talvez por este ser um papel originalmente escrito para Tom Cruise e depois adaptado a uma mulher ou apenas por os guionistas serem simplesmente extraordinários, o espectador “apanha” com uma narrativa densa e bem pensada, com muitos valores básicos e histórias humanas à mistura. Ela parte de um denominador comum mil vezes explorado e dá-lhe um tom absolutamente humano e pessoal. E isso torna esta obra diferente.
É tudo bom. Angelina está no registo que melhor aproveita todas as suas capacidades (físicas e interpretativas), a história é sempre surpreendente - mesmo quando os resultados são os que o espectador suspeita, eles vêm with a twist – e as cenas de acção são irrepreensivelmente coreografadas, sempre no limite daquilo que o espectador aceita que seja, vá, “possível”.
O finalzinho deixa uma ponta solta (o Presidente Americano não terá a resposta que todos procuram?), mas talvez esse “erro” de lógica seja o mote necessário para o desenvolvimento da sequela. Venha ela!

Classificação:
*****