domingo, 29 de novembro de 2009

O Solista (The Solist)

O poder da música!

Esta é uma história verídica das ruas de LA e que foi amplamente divulgada recentemente pelo programa "60 minutes". A sinopse é forte e exemplo raro de humanismo, talento. Quando o jornalista Steve Lopez vê Nathanlel Ayers a tocar de forma tão sentida o seu violino de duas cordas no Skid Row de Los Angeles, fica estupefacto. A princípio, é atraído pela oportunidade de fazer dele o tema de mais uma das suas colunas para o Los Angeles Times, mas o que descobre sobre o misterioso músico das ruas deixa-o fascinado. Há trinta anos, Ayers tinha sido um promissor aluno de contrabaixo da Juilliard School até que foi vencido por um esgotamento mental. Quando Lopez o encontra, Ayers está sozinho, profundamente perturbado e desconfia de toda a gente, mas ainda é possível vislumbrar nele resquícios desse brilho. Os dois homens aprendem a comunicar através da música. A sua amizade vai passar por momentos dolorosos, pois Lopez imagina-se capaz de convencer Ayers a abandonar as ruas de Los Angeles. Aos momentos de triunfo segue-se sempre uma desilusão, mas nenhum dos dois desiste. E, embora a intenção inicial de Lopez seja salvar Ayers, acaba por constatar que a sua própria vida mudou profundamente.
Ficou talvez por mostrar a relação que Ayers estabelecia também com o Maestro da orquestra de LA (na altura Esa-Pekka Salonen, substituído recentemente pelo jovem talentoso Gustavo Dudamel um dos responsáveis por El- sistema na Venezuela). Também o facto de Ayers tocar e ser acompanhado musicalmente por vários músicos da orquestra poderia ser mais focado e como sendo uma experiencia que agora é bem mais positiva em relação à fobia que tinha do palco quando regressou ao activo.
Jamie Foxx esteve imparável e poderá estar na lista dos nomeados dos Óscares para melhor actor principal. Robert Downey Jr. não desilude e guia toda a acção desta personagem que é rara nos dias de hoje.
O filme teve também a capacidade de me pôr a ouvir (mais uma vez) a Heróica de Beethoven durante uma semana. Esta é a 3ª Sinfonia de Beethoven dedicada ao Napoleão Bonaparte. No entanto, essa dedicatória seria apagada pelo próprio compositor quando Bonaparte partiu à conquista da Europa.

Classificação:
****