sexta-feira, 2 de março de 2012

O Artista (The Artist)

Fama, fortuna & amor verdadeiro


“The Artist” é uma despretensiosa história de amor e um dos filmes mais deliciosos e originais dos últimos tempos. Esta perfeita homenagem ao cinema mudo, tem na simplicidade do guião (como convém à época recriada) e no talento dos actores os seus principais trunfos (conta-se, neste grupo, Uggie, o cão-maravilha!).
Em 1927, Hollywood vive a época dourada do cinema mudo. George Valentin, uma estrela, conhece Peppy Miller, uma jovem aspirante a actriz e… “a magia acontece”. Sem darem azo à atracção que os une, cada um acompanha, ao longe, a carreira do outro e, enquanto George definha com a chegada do som ao cinema, Peppy transforma-se na nova coqueluche da mesma indústria.
Guião, cenografia, figurinos, maquilhagem, bando sonora, performances… TUDO é bom neste filme. Jean Dujardin mereceu o Oscar por ser absolutamente perfeito no seu papel. Michael Azanavivius arriscou e acertou neste filme pouco convencional. E Uggie, o “cão a pilhas”, mereceu toda a atenção que recebeu no final da 84.ª cerimónia dos Óscares.


Classificação:
*****

terça-feira, 29 de março de 2011

José e Pilar

Pilar, mi amor "Miguel Gonçalves Mendes mostra o José que havia em Saramago. E agora ao lado de uma grande obra, ficou com uma grande dívida. Miguel Gonçalves Mendes aos, 32 anos parece ter feito o trabalho de uma vida (...) em José e Pilar descobrimos o Saramago que nunca vimos, intimo e pessoal." Quem o diz é Manuel Halpern, jornalista e crítico do Jornal de Letras, e está absolutamente correcto. Para todos aqueles que – como eu – imaginavam em Saramago um ser duro e distante, vêem neste filme o lado doce do escritor. E esse lado é totalmente dedicado a Pilar del Rio, a jornalista espanhola, assertiva e feminista, que foi a sua companheira amantíssima desde 1988 até à sua morte. O que os dois realmente viveram podemos apenas extrapolar a partir dos indícios que o filme, delicadamente, deixa, como a murcha imagem de Pilar, apagada pela doença de Saramago, enquanto as suas palavras se continuavam vivas ou a descrição, feita a amigos, de Saramago daquele que foi o primeiro encontro entre o casal que termina com um sereno a aceite: “Quando vi aquela mulher aproximar-se… bom…”. E sabemos que ele soube que estava perdido. O filme respeita muitos limites e ultrapassa outros. Para os portugueses, fica a imagem de um Saramago amado em Espanha e desprezado em Portugal, que começava novamente a fazer as pazes com a sua terra e um ser assustado e perdido sem a sua Pilar, nome pelo qual chamava sempre o conforto lhe fugia. De uma delicadeza sublime. Classificação: *****

O Dilema (The Dilemma)

Conto ou não conto?

Este é o típico filme "popcorn" que tenta enviar-nos uma mensagem que está para além das expectativas, fazendo-nos questionar como reagiríamos nós numa situação destas e a quem seríamos fiéis (ao nosso amigo de infância ou à namorada?). Este é o dilema da personagem principal, que se pauta pela dúvida de contar toda a verdade ao amigo e, mesmo quando decide que sim, escapa-lhe sempre o timing certo. A sinopse conta: "Desde o secundário que o solteirão Ronny e o feliz casado Nick, são como "unha e carne". Agora sócios de uma empresa de design automóvel, os dois amigos lutam para implementar um projecto de sonho de forma a lançar a sua empresa. Com a namorada de Ronny, Beth, e a mulher de Nick, Geneva, ao lado da dupla, tornam-se imbatíveis. Mas o mundo de Ronny é virado às avessas quando inadvertidamente vê Geneva com outro homem. Agora, a sua missão é obter respostas para o que viu. À medida que a investigação amadora transforma o seu mundo num cómico ringue de luta, descobre que Nick tem alguns segredos por revelar. Com o tempo a correr e a pressão a aumentar para uma das maiores apresentações das suas carreiras, Ronny tem de decidir como e quando irá contar a verdade ao seu melhor amigo". Não é um filme para rcordar, nem uma storyline inovadora, no entanto, a cuidada produção e a capacidade humurística dos actores fazem deste filme uma aposta ganha em boa disposição. Classificação: ***

sexta-feira, 11 de março de 2011

Indomável (True Grit)

Coen brothers gone classic
Os irmãos Coen estão mais serenos. Apesar de se notar o leve toque de absurdo presente nas suas obras, “Indomável” é, talvez, a mais “convencional” dos seus “filhos, revelando-se um western americano clássico, se exceptuarmos a circunstância de a protagonista feminina ser uma miúda e não uma prostituta de saloon. Mas isso é “culpa” da história.
O filme é baseado num romance de Charles Portis já antes adaptado ao cinema. Em 1969, John Wayne ganhava o Óscar no papel do zarolho caçador de prémios Rooster Cogburn e roubava o protagonismo à figura central do romance e do filme dos Coen – Mattie Ross, a “jovem de 14 anos cujo pai foi morto a sangue frio pelo cobarde Tom Chaney e que está determinada a levá-lo à justiça. Com a ajuda de um conflituoso e alcoólico U.S. Marshal, Rooster Cogburn, ela prepara-se, ignorando as reservas do próprio Rooster, para caçar Chaney. O sangue do seu pai exige que persiga o criminoso até território Índio e o encontre antes que um Texas Ranger, chamado LaBoeuf, o apanhe e leve de volta para o Texas, para ser julgado pela morte de outro homem”, diz a sinopse da Lusomundo.
Jeff Bridges é Rooster Cogburn. Matt Damon é LaBoeuf. Josh Brolin é Tom Chaney. São todos irrepreensíveis nas suas interpretações. No entanto, é a jovem Hailee Steinfeld (Mattie Ross) que rouba o protagonismo destas grandes estrelas. Apenas com curtas metragens e filmes televisivos no currículo, esta California girl revelou-se a escolha mais poderosa dos Coen nesta película.
No geral, esperava-se mais surpresas da parte dos autores de “Fargo”, “O Grande Lebowski” ou “Este País Não É Para Velhos”.

Classificação:
****

quinta-feira, 3 de março de 2011

O Amor é o Melhor Remédio (Love & Other Drugs)

What a mess!

“Maggie é um espírito livre que não permite que nada a prenda, nem mesmo um fascinante desafio pessoal. Mas conhece a sua cara-metade em Jamie Randall, cujo charme impiedoso e quase infalível o servem bem com as senhoras e o mundo implacável das vendas farmacêuticas. A evolução da relação entre Maggie e Jamie apanha-os de surpresa, ao darem conta de estarem sob a influência da derradeira droga: o amor.”
Quem lê a sinopse prepara-se para ir ver uma comédia à moda antiga, com as mais-valias de ser baseada numa história real (é uma adaptação romanceada do livro “Hard Sell: The Evolution of a Viagra Salesman” de Jamie Reidy, em quem a personagem principal é baseada) e de ser protagonizada por dois lindíssimos actores, que dariam vida qualquer paisagem deserta: Jake Gyllenhaal e Anne Hathaway. Na realidade o que se vê no ecrã quando as luzes se pagam é um melodrama com tiques de comédia, que baralha uma história de amor, com uma crítica dura à indústria farmacêutica e aos delegados de propaganda médica (que também pode, pelo contrário, ser apenas publicidade descarada à Pfizer) e ainda com a história da fantástica chegada ao mercado de um milagre chamado Viagra. Uma confusão desgraçada!
O que não deixa o espectador adormecer são os dois fantásticos actores, o lado humado da história de uma mulher de 26 anos com a doença de Parkinson e - porque não dizê-lo - as quentíssimas cenas de sexo entra as duas personagens principais.

Classificação:
**

Sexo sem Compromisso (No Strings Attached)

Dois actores que merecem mais do que RoCo's

“Um homem e uma mulher, bons amigos, tentam manter uma relação estritamente física, até se aperceberem de que querem algo mais.” Esta é a sinopse do novo filme de Ashton Kutcher e (a recem galardoada) Natalie Portman. Fraquinha. O filme merece um pouquinho (pouquinho!) mais...
Ashton faz aqui o que sempre fez e que é aquilo que os agentes lhe dizem para fazer, ou seja, trabalha no tipo de filme que está convencido ser para “a sua demografia”: as mulheres jovens. Natalie, depois de um “Black Swan”, parece estar de férias neste filme. Mas são dois actores bonitos, talentosos e com alguma química (q.b.) no ecrã e o argumento é convincente e sensibilizante (com algumas derrapagens para o teen flick, mas não as suficientes para destruírem o resultado final). Portanto, tudo resulta numas duas horitas bem passadas no escurinho do cinema para os fãs das RoCo’s.

Classificação:
***

quarta-feira, 2 de março de 2011

The Fighter (Último Round)

Rocky with a twist...


Para quem diz que este filme não tem nada a ver com os famosos "Rocky", de Silvester Stalone, os meus parabéns, pois enganaram-me bem... Cristian Bale e Melissa Leo foram assim os que melhor aguentaram o combate e venceram os Óscares para melhor Actor e Atriz Secundários, ficando assim Amy Adams e Mark Wahlberg (que se preparou fisicamente para o filme durante 2 anos) pelo caminho...
Este é um "Rocky" cujo problema não é o próprio lutador, mas sim a sua família... No entanto, a ideia de que o que conta não são os murros que levamos, mas sim o quanto aguentamos mantém-se, não havendo, na minha opinião, nada de verdadeiramente novo neste filme...
Na
sinopse conta que "Dicky Ecklund é uma antiga lenda do pugilismo que desperdiçou os seus talentos e deitou fora a sua oportunidade de grandeza. Micky Ward, o seu meio-irmão, é um pugilista batalhador que viveu toda a vida na sombra do irmão. "The Fighter" é a história verídica e inspiradora destes dois irmãos que, contra todas as expectativas, se aproximam para treinar para um histórico combate pelo título que irá unir a sua família desfeita, redimir os seus passados e dar finalmente à sua cidade aquilo por que esta tanto espera: orgulho".
Assim, e apesar das muitas nomeações e Óscares leva:

Classificação:
****

The King´s speech (O discurso do rei)

Duas interpretações inesquecíveis

Apesar do Óscar para melhor filme, este é uma obra que vive de duas extraordinárias interpretações. Assim Colin Firth consegue o seu primeiro Óscar, sendo que Geoffrey Rush, apesar da nomeação, não conseguiu ganhar o Óscar (tendo ganho em 1996 Óscar para melhor actor principal com o filme "Shine", que retratava os bastidores da competição pianística ao mais alto nível, algo que também reflecte o espírito competitivo de "Black Sawn"). O Óscar para melhor filme vem por "arrasto", não estando este filme nas minhas preferências. Até mesmo "Inception" teria boas hipóteses face a este filme (embora tenha sido apresentado claramente fora de época, tendo em conta os Óscares que ganhou (4) e que poderia ganhar).
Na sinopse do discurso do rei conta que o filme narra os primeiros anos do conturbado reinado de George VI (Colin Firth), que subiu ao trono após o seu irmão mais velho, Eduardo VIII (Guy Pearce), ter abdicado. George VI teve de enfrentar o seu problema de gaguez que só foi ultrapassado com a ajuda de Lionel Logue (Geoffrey Rush), um terapeuta da fala.
Faltou-me também algum apontamento que nos aproximasse da acção no seu tempo. Uma vez que a voz do rei é "actor" principal, seria muito benvinda uma gravação do próprio rei a falar (não descorando o trabalho de Colin Firth...).

Classificação:
*****

Black Swan (Cisne Negro)

Os bastidores da perfeição

"Black Swan" deu o Óscar de melhor atriz a Natalie Portman, mas foi sem dúvida o filme do ano. A sua componente inesperada entre a realidade e o pesadelo, de resto já evidenciada no saudoso pesadelo em Elm Street (1984), faz deste filme uma obra tão cativante quanto bela e até mesmo aterradora. São assim os contrastes entre a puresa do ballet e a competição profissional que fazem deste filme uma obra de extremos.
Na sinopse consta que este é "um thriller psicológico que se desenrola no mundo do New York City Ballet, CISNE NEGRO tem como protagonista Natalie Portman no papel de Nina, uma bailarina que se vê enredada numa teia de intriga competitiva com uma nova rival na Companhia (Mila Kunis). Um filme da Fox Searchlight realizado pelo visionário Darren Aronofsky (THE WRESTLER), CISNE NEGRO leva-nos numa viagem excitante e por vezes aterradora através da psique de uma jovem bailarina cujo papel de Rainha dos Cisnes resulta num desempenho para o qual ela se torna assustadoramente perfeita."
Não podia então deixar de levar:

Classificação:
*****

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Oscar Winners

Óscar para Melhor Actriz Secundária: Melissa Leo em "Último Round" - The Fighter

Óscar para Melhores Fotografia: "A Origem" - Inception

Óscar para Melhor Direcção Artística: "Alice no País das Maravilhas"

Óscar para Melhor Curta-Metragem de Animação: The Lost Thing

Óscar para Melhor Argumento Original: "O Discurso do Rei" King`s Speech

Óscar para Melhor Filme de Animação: Toy Story 3

Óscar para Melhor Argumento Adaptado: "A Rede Social" - The Social Network

Óscar para Melhor Argumento Original: "O Discurso do Rei" - The King`s Speech

Óscar para Melhor Filme Estrangeiro: In a Better World (Dinamarca)

Óscar para Melhor Actor Secundário: Christian Bale em"Último Round" - The Fighter


Óscar para Banda Sonora: Trent Reznor e Atticus Ross em "A Rede Social” - The Social Network

Óscar para Melhor Mistura de Som: "A Origem" - Inception

Óscar para Melhor Montagem de Som: "A Origem"

Óscar para Melhor Caracterização: "O Lobisomem"

Óscar para Melhor Guarda-Roupa: "Alice no País das Maravilhas"

Óscar para Melhor Documentário (curta-metragem): "Strangers No More"

Óscar para Melhor Curta-Metragem: "God of Love"

Óscar para Melhor Documentário: "A Verdade da Crise" - Inside Job

Óscar para Melhor Direcção Artística: Inception - "A Origem" - Inception

Óscar para Melhor Montagem: The Social Network - "A Rede Social" - The Social Network

Óscar para Melhor Canção Original: "We Belong Together" Randy Newmam - Toy Story 3

Óscar para Melhor Realização: Tom Hooper "O Discurso do Rei" - The King`s Speech

Óscar para Melhor Actriz: Natalie Portman "Cisne Negro" - Black swan

Óscar para Melhor Actor: Colin Firth "O discurso do Rei" - The King`s speech

Óscar para Melhor Filme: "O discurso do Rei" - The King`s speech

The Oscars 2011

NOMINEES FOR THE 83nd ACADEMY AWARDS

Actor in a Leading Role
Javier Bardem in “Biutiful”
Jeff Bridges in “True Grit”
Jesse Eisenberg in “The Social Network”
Colin Firth in “The King's Speech”
James Franco in “127 Hours”


Actor in a Supporting Role
Christian Bale in “The Fighter”
John Hawkes in “Winter's Bone”
Jeremy Renner in “The Town”
Mark Ruffalo in “The Kids Are All Right”
Geoffrey Rush in “The King's Speech”

Actress in a Leading Role
Annette Bening in “The Kids Are All Right”
Nicole Kidman in “Rabbit Hole”
Jennifer Lawrence in “Winter's Bone”
Natalie Portman in “Black Swan”
Michelle Williams in “Blue Valentine”

Actress in a Supporting Role
Amy Adams in “The Fighter”
Helena Bonham Carter in “The King's Speech”
Melissa Leo in “The Fighter”
Hailee Steinfeld in “True Grit”
Jacki Weaver in “Animal Kingdom”

Animated Feature Film
“How to Train Your Dragon” Chris Sanders and Dean DeBlois
“The Illusionist” Sylvain Chomet
“Toy Story 3” Lee Unkrich

Art Direction
“Alice in Wonderland” Production Design: Robert Stromberg; Set Decoration: Karen O'Hara
“Harry Potter and the Deathly Hallows Part 1” Production Design: Stuart Craig; Set Decoration: Stephenie McMillan
“Inception” Production Design: Guy Hendrix Dyas; Set Decoration: Larry Dias and Doug Mowat
“The King's Speech” Production Design: Eve Stewart; Set Decoration: Judy Farr
“True Grit” Production Design: Jess Gonchor; Set Decoration: Nancy Haigh

Cinematography
“Black Swan” Matthew Libatique
“Inception” Wally Pfister
“The King's Speech” Danny Cohen
“The Social Network” Jeff Cronenweth
“True Grit” Roger Deakins

Costume Design
“Alice in Wonderland” Colleen Atwood
“I Am Love” Antonella Cannarozzi
“The King's Speech” Jenny Beavan
“The Tempest” Sandy Powell
“True Grit” Mary Zophres

Directing
“Black Swan” Darren Aronofsky
“The Fighter” David O. Russell
“The King's Speech” Tom Hooper
“The Social Network” David Fincher
“True Grit” Joel Coen and Ethan Coen

Documentary (Feature)
“Exit through the Gift Shop” Banksy and Jaimie D'Cruz
“Gasland” Josh Fox and Trish Adlesic
“Inside Job” Charles Ferguson and Audrey Marrs
“Restrepo” Tim Hetherington and Sebastian Junger
“Waste Land” Lucy Walker and Angus Aynsley

Documentary (Short Subject)
“Killing in the Name” Jed Rothstein
“Poster Girl” Sara Nesson and Mitchell W. Block
“Strangers No More” Karen Goodman and Kirk Simon
“Sun Come Up” Jennifer Redfearn and Tim Metzger
“The Warriors of Qiugang” Ruby Yang and Thomas Lennon

Film Editing
“Black Swan” Andrew Weisblum
“The Fighter” Pamela Martin
“The King's Speech” Tariq Anwar
“127 Hours” Jon Harris
“The Social Network” Angus Wall and Kirk Baxter

Foreign Language Film
“Biutiful” Mexico
“Dogtooth” Greece
“In a Better World” Denmark
“Incendies” Canada
“Outside the Law (Hors-la-loi)” Algeria

Makeup
“Barney's Version” Adrien Morot
“The Way Back” Edouard F. Henriques, Gregory Funk and Yolanda Toussieng
“The Wolfman” Rick Baker and Dave Elsey

Music (Original Score)
“How to Train Your Dragon” John Powell
“Inception” Hans Zimmer
“The King's Speech” Alexandre Desplat
“127 Hours” A.R. Rahman
“The Social Network” Trent Reznor and Atticus Ross

Music (Original Song)
“Coming Home” from “Country Strong” Music and Lyric by Tom Douglas, Troy Verges and Hillary Lindsey
“I See the Light” from “Tangled” Music by Alan Menken Lyric by Glenn Slater
“If I Rise” from “127 Hours” Music by A.R. Rahman Lyric by Dido and Rollo Armstrong
“We Belong Together” from “Toy Story 3" Music and Lyric by Randy Newman

Best Picture
“Black Swan” Mike Medavoy, Brian Oliver and Scott Franklin, Producers
“The Fighter” David Hoberman, Todd Lieberman and Mark Wahlberg, Producers
“Inception” Emma Thomas and Christopher Nolan, Producers
“The Kids Are All Right” Gary Gilbert, Jeffrey Levy-Hinte and Celine Rattray, Producers
“The King's Speech” Iain Canning, Emile Sherman and Gareth Unwin, Producers
“127 Hours” Christian Colson, Danny Boyle and John Smithson, Producers
“The Social Network” Scott Rudin, Dana Brunetti, Michael De Luca and Ceán Chaffin, Producers
“Toy Story 3” Darla K. Anderson, Producer
“True Grit” Scott Rudin, Ethan Coen and Joel Coen, Producers
“Winter's Bone" Anne Rosellini and Alix Madigan-Yorkin, Producers

Short Film (Animated)
“Day & Night” Teddy Newton
“The Gruffalo” Jakob Schuh and Max Lang
“Let's Pollute” Geefwee Boedoe
“The Lost Thing” Shaun Tan and Andrew Ruhemann
“Madagascar, carnet de voyage (Madagascar, a Journey Diary)” Bastien Dubois

Short Film (Live Action)
“The Confession” Tanel Toom
“The Crush” Michael Creagh
“God of Love” Luke Matheny
“Na Wewe” Ivan Goldschmidt
“Wish 143” Ian Barnes and Samantha Waite

Sound Editing
“Inception” Richard King
“Toy Story 3” Tom Myers and Michael Silvers
“Tron: Legacy” Gwendolyn Yates Whittle and Addison Teague
“True Grit” Skip Lievsay and Craig Berkey
“Unstoppable” Mark P. Stoeckinger

Sound Mixing
“Inception” Lora Hirschberg, Gary A. Rizzo and Ed Novick
“The King's Speech” Paul Hamblin, Martin Jensen and John Midgley
“Salt” Jeffrey J. Haboush, Greg P. Russell, Scott Millan and William Sarokin
“The Social Network” Ren Klyce, David Parker, Michael Semanick and Mark Weingarten
“True Grit” Skip Lievsay, Craig Berkey, Greg Orloff and Peter F. Kurland

Visual Effects
“Alice in Wonderland” Ken Ralston, David Schaub, Carey Villegas and Sean Phillips
“Harry Potter and the Deathly Hallows Part 1” Tim Burke, John Richardson, Christian Manz and Nicolas Aithadi
“Hereafter” Michael Owens, Bryan Grill, Stephan Trojansky and Joe Farrell
“Inception” Paul Franklin, Chris Corbould, Andrew Lockley and Peter Bebb
“Iron Man 2” Janek Sirrs, Ben Snow, Ged Wright and Daniel Sudick

Writing (Adapted Screenplay)
“127 Hours” Screenplay by Danny Boyle & Simon Beaufoy
“The Social Network” Screenplay by Aaron Sorkin
“Toy Story 3” Screenplay by Michael Arndt; Story by John Lasseter, Andrew Stanton and Lee Unkrich
“True Grit” Written for the screen by Joel Coen & Ethan Coen
“Winter's Bone” Adapted for the screen by Debra Granik & Anne Rosellini

Writing (Original Screenplay)
“Another Year” Written by Mike Leigh
“The Fighter” Screenplay by Scott Silver and Paul Tamasy & Eric Johnson; Story by Keith Dorrington & Paul Tamasy & Eric Johnson
“Inception” Written by Christopher Nolan
“The Kids Are All Right” Written by Lisa Cholodenko & Stuart Blumberg
“The King's Speech” Screenplay by David Seidler

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

72 Horas (The Next Three Days)

Acção with a twist
“A vida dum casal vai ser virada completamente do avesso, quando a mulher é acusada de assassinato. O marido vai tentar provar a sua inocência através da sua própria investigação”, diz, parcamente, a sinopse da Zon Lusomundo do novo filme do extraordinário Paul Haggis e erra, já que o filme é acerca do planeamento de uma fuga da prisão…
Paul Haggis é um guionista, realizador e produtor algo discreto, que só tem contribuído para obras-primas do cinema americano, como, por exemplo, “Colisão” (foi a primeira obra cinematográfica que dirigiu e, com ele, conseguiu ganhar o Oscar para Melhor Filme, em 2006) ou Million Dollar Baby (como guionista). Em resumo, os filmes em que está envolvido são, em geral… bons! (To say the least!)
“72 horas” é promovido como um vulgar filme de acção, com Russell Crowe no papel principal. Na verdade, ele é um filme de acção bem conseguido, mas com menos clichés do que o habitual e com o lado humano que Haggis consegue trazer para tudo em que toca. Russel Crwe foi exímio a “apanhar” essa vertente vulnerável, “normal” de um homem apaixonado e determinado a salvar o amor da sua vida. A luta intensa da personagem principal é nobre, ingénua e de uma dedicação apaixonante.
É o filme perfeito para ver em casal, já que não defrauda nenhum tipo de expectativa.

Classificação:
****

Hereafter (Outra Vida)

Sensibilidade e bom senso

Clint Eastwood já nos habituou a filmes sensíveis, que exploram temas que todos conhecemos e sobre os quais nunca queremos falar, quanto mais discutir de forma séria. Se, para alguns, eles “servem para dormir” (como, chocantemente, ouvi dizer ainda dentro da sala de cinema!), para outros, Eastwood é o mestre da delicadeza cinematográfica e da subtileza humana.
Este é mais um filme típico de Eastwood, em tudo o que o estilo do cineasta tem de melhor.
“George (Matt Damon) é um operário norte-americano com uma ligação especial com o Além. Do outro lado do mundo, Marie (Cécile de France), uma jornalista francesa, tem uma experiência de vida ou de morte que a faz questionar toda a sua realidade. Marcus (Frankie McLaren), um rapazinho de Londres, perde a pessoa que mais ama e procura respostas. Cada um trilha o seu caminho em busca da verdade, tocados pelo mistério do que vem depois da morte, e as suas vidas intersectam-se”, diz a sinopse da Zon Lusomundo.
Num filme em que Matt Damon surge num registo diferente do habitual (mais vulgar, mas também mais exigente por ser banal), Eastwood consegue abordar mais um tema polémico com uma polidez exemplar. O seu carinho pela raça humana e pelas suas sensibilidades é tão grande que, desta vez, consegue mesmo fazer-nos começar a prestar atenção àquela vozinha apagada, que nos sussurra ao ouvido de vez em quando, dizendo-nos que a magia existe sob a forma de espíritos e de outras vidas e que não devíamos contentar-nos com menos do que com uma existência mágica…
Pode ser “a life changing movie” para algumas pessoas... as que não se contentam em ser menos do que especiais e procuram os mesmo nos outros.

Classificação:
****

Vais Conhecer o Homem dos Teus Sonhos (You Will Meet a Tall Dark Stranger)

Woody Allen insosso

Na boa tradição “woodyalleniana”, este filme é acerca de relações. Enganos, sonhos, expectativas irrealistas e clichés sobre relações… Cabe tudo em cerca de 100 minutos de loucura e engano. A surpresa é, talvez, o facto de, desta vez, não resultar por aí além…
Apesar de apresentar (como sempre) um “buraco de fechadura” para dentro da forma como “sonhamos” os outros e os amamos, Woody parece cansado do assunto e resume-se a apresentar velhas fórmulas. Não há a raiva contida de “Match Point”, nem a loucura leviana de “Vicky Cristina Bacelona”, apenas uma série de personagens interessantes que não chegam a atingir o auge do seu drama ou o fazem de forma "coxa".
É, então, um cozinhado em insosso de excelentes actores, a desempenhar excelentes personagens longe do seu auge e perto das suas banalidades, com a seguinte sinopse: “Depois de Alfie deixar Helena para perseguir a sua juventude perdida na figura de uma jovem prostituta de espírito livre chamada Charmaine, Helena abandona a racionalidade e entrega a sua vida aos conselhos patetas de uma vidente charlatã. Infeliz com o seu casamento, Sally desenvolve uma paixoneta pelo seu atraente chefe, proprietário de uma galeria de arte, Greg, enquanto Roy, um romancista que aguarda com nervosismo uma resposta ao seu último manuscrito, fica alucinado com Dia, uma mulher misteriosa que o surpreende quando este a observa pela janela.” (Zon Lusomundo).

Classificação:
***

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

O Turista (The Tourist)

Um filme cinzento pálido

Já sabemos que este é um daqueles filmes que é um blockbuster garantido. Junta-se uma dose de Angelina Jolie, outra de Johnny Depp, uma pitadinha de Paul Bettany, mais uma de Timothy Dalton e vai ao forno entre Paris e Veneza. Enfeita-se com russos, barcos, canais, comboios rápidos, jactos e obras de arte, mais um guarda-roupa magnífico e… chega-se a receita inevitável do sucesso. Podia ser sobre a plantação de abacates na África do Sul que haveria, igualmente, filas à porta dos cinema para o ver (e Brad Pitt no local de filmagens a “vigiar” a companheira…).
E, neste filme, está tudo benzinho. Mas só.
Angelina está demasiado glamourosa para o tom do filme, Depp demasiado banal e Bettany optou por uma interpretação demasiado intensa para o estilo neutro da obra… Ou talvez seja ele o único que conseguiu capturar a essência do guião e são os outros que se “equivocaram” na escolha da tonalidade da coisa (realizador incluído!), já que, em vez do colorido de um filme de espionagem e acção, de polícias e ladrões, não passam mais do que a emoção de um dia em que a chuva ameaça cair… mas nem sequer cai. O filme fica naquela ritmo neutro de um episódio da Balada de Hill Street vista com 30 anos de atraso... Em resumo, é um filme em tons de cinzento pálido… Esperava-se muito mais! Muito mais…

Classificação:
***

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Burlesque (Burlesque)

There's no business like show business

Com um início e uma premissa iguais ao de “Coyote Bar”, um desenvolvimento aborrecido e previsível - que até inclui (cliché dos clichés!) um empreendimento imobiliário que ameaça nascer no exacto local do amado teatro burlesco - e um final, ainda mais aborrecido e previsível, onde todos vivem felizes para sempre… a uma coisa que faz valer a pena ir ao cinema ver este filme é… o espectáculo!
Belas mulheres semi-despidas, em poses e coreografias sensuais; belos homens no meio das belas mulheres; Cher e Aguilera a cantar (Aguilera também dança e é uma das belas mulheres semi-despidas)… Sem dúvida que há espectáculo!
“Burlesque” não vai fazer história no cinema, mas “funda” uma nova modalidade desportiva: o Burlesco. Procurem as aulas no vosso ginásio… Pode valer a pena…
Entretanto… aqui fica a sinopse da Lusomundo: “Ali é uma rapariga de uma cidade pequena com uma voz magnífica, que escapa às dificuldades e a um futuro incerto para seguir os seus sonhos até Los Angeles. Após ter descoberto o "The Burlesque Lounge", um teatro majestoso mas em decadência, onde se representa uma revista musical inspirada, Ali arranja um emprego a servir cocktails, que lhe é concedido por Tess, a proprietária do clube e estrela principal. O chocante guarda-roupa do Burlesco e a coreografia arrojada arrebatam a jovem ingénua, que sonha representar nesse teatro um dia. Ali não tarda a fazer amizade com uma dançarina famosa, arranja uma inimiga numa artista ciumenta e problemática e conquista o afecto de Jack, um bartender e colega músico. Com a ajuda de um inteligente director de cena e um apresentador de números transsexuais, Ali passa do bar para o palco. A sua voz espectacular recupera a antiga glória do "The Burlesque Lounge", mas não antes de um empresário carismático ter entrado em cena com uma proposta tentadora...”


Classificação:
***

A Última Estação (The Last Station)

Um hino ao amor

“Após quase cinquenta anos de casamento, Sofia, a dedicada esposa, amante, musa e secretária de Leo Tolstói – ela copiou o manuscrito de Guerra e Paz seis vezes à mão - vê subitamente o seu mundo virado do avesso. Ao adoptar uma nova religião, o grande escritor russo renuncia aos seus títulos de nobreza, às suas propriedades e inclusivamente à sua família, trocando tudo pela pobreza, vegetarianismo e mesmo o celibato. Após ela lhe ter dado treze filhos. Quando Sofia descobre que o fiel discípulo de Tolstói, Chertkov - que ela despreza - pode ter persuadido secretamente o marido a assinar um novo testamento, onde deixa os direitos das suas novelas icónicas ao povo russo e não à sua própria família, é consumida por uma raiva justificada. Empregando toda a sua astúcia, todos os truques de sedução do seu considerável arsenal, Sofia luta ferozmente por aquilo que considera ser seu por direito. No entanto, quanto mais radicais são as suas acções, mais facilmente Chertkov consegue persuadir Tolstói do mal que ela fará à sua gloriosa herança.”
A complicada sinopse de “A Última Estação”, que a Lusomundo publicita, faz acreditar que o filme se dedica explorar a complexa personalidade e as ideias políticas do génio da literatura russa, Tolstói, embora do ponto de vista da amantíssima esposa. Quando, na verdade, pouco ou nada se saberá acerca do que se passaria no cérebro da complexa personalidade. O filme explora sim, embora de forma superficial, a relação de profundo amor que o une a Sofia. E só isso interessa.
A personagem mais redonda é o secretário Valentin Bulgakov (James McAvoy), que luta entre manter-se fiel aos ensinamentos do mestre ou… fazer como ele faz. As outras personagens – que deviam ser principais – morrem na praia num filme que promete muito e dá pouco. Pena que, com um elenco com Helen Mirren, Chistopher Plummer e Paul Giamatti, o melhor que se possa dizer sobre o filme é que é um ternurento hino ao amor…

Classificação:
*

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

O Americano (The American)

Filme europeu com estrela americana

Segundo Karina Mitchell, do New York Times, “you're either going to love this movie, or leave feeling incredibly frustrated, depending on how much patience you have and how much you love art films.” Nem mais.
O novo filme de Clooney é demasiado europeu para ser um filme de Clooney e Clooney é demasiado americano para fazer um filme europeu... A mistura origina uma obra estranha e um pouco enfadonha.
Baseado no romance "A Very Private Gentleman" de Martin Booth, o filme conta a história de um assassino profissional que se refugia numa pequena cidade italiana, à espera que o convoquem para a sua última missão. Com vontade de viver uma vida “normal”, ele apaixona-se e vai cometer alguns descuidos imperdoáveis até a missão lhe ser revelada.
A história é banal e previsível. O ritmo é leeeeeeeento. E a única coisa que vale de facto a pena são os cenários (região do Abruzzo, província de Áquila) e (para quem aprecia) a beleza das mulheres:
Violante Placido, Thekla Reuten e Irina Björklund. Paolo Bonacelli, Johan Leysen e Filippo Timi compõem, com elas, o belíssimo elenco internacional dirigido pelo popular fotógrafo de música Anton Corbijn. Até agora, a maioria das suas produções (em fotografia e vídeo) e as suas experiências em filme (cinema e vídeo) tinham como protagonistas bandas internacionais (Metallica, U2, Depeche Mode, Bryan Adams, etc.). Ainda assim, esta parece uma experiência válida e prometedora…

Classificação:
**

A Tempo E Horas (Due Date)

A fun ride

"Robert Downey Jr. é Peter Highman, um feliz (mas ansioso) executivo de Los Angeles, que irá ser pai pela primeira vez dentro de alguns dias. No entanto, nem tudo corre bem: Peter não consegue apanhar o voo que parte de Atlanta, pelo que se vê obrigado a fazer a viagem de regresso a casa com um aspirante a actor, Ethan Tremblay. Contudo, aquilo que seria uma simples viagem de carro, torna-se numa sucessão de surpreendentes acontecimentos..." Esta é a sinopse daquele que era suposto ser a melhor comédia desde “A Ressaca”. Infelizmente, não anda nem perto dessa anterior obra do (mesmo) realizador Todd Phillips.
A história não é nova – a premissa é igual à do filme "Antes Só Que Mal Acompanhado"/"
Planes, Trains and Automobiles", de John Hughes (1987) -, o tipo de humor cáustico é importado de “A Ressaca” (embora com infinitamente menos eficácia) e até Zach Galifianakis vem dessa saudosa produção anterior. Robert Downey Jr., embora convincente na pele de executivo stressado, fica sem a química habitual nesta produção irreverente, mas pouco empolgante e fantasiosa demais.
Vale a pena, no entanto, destacar os papéis menores, onde se encontram, por exemplo, Jamie Foxx e Juliette Lewis.
Se a expectativa é rir um pouco, vale a pena ir ver. Se é ver um filme digno de Downey Jr.… passem este.


Classificação:
**

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Jogo Limpo (Fair Game)

Retrato do mundo em que vivemos

Mais um filme desencantado, que dá conta da “revolução” que, silenciosa, ocorre nas vidas de todos nós. Já não acreditamos em muito e o que nos vais sendo revelado à custa da “era da informação não filtrada”, apoiada nas novas tecnologias, faz-nos acreditar em menos ainda. Entre câmaras em directo da guerra, Tweets e Wikileaks, esta é mais uma obra política, destinada ao público cansado de ser enganado pela elite política e ávido de saber “tudo”… na esperança de que, sabendo tudo, possa tomar atitudes...
Valerie Plame é uma agente da CIA que viu a sua identidade secreta revelada por Richard Armitage, do US State Department, ao jornalista Robert Novak, do Washington Post - um facto considerado crime nos EUA. A revelação ocorreu logo depois de o ex-diplomata Joseph Wilson, seu marido, criticar os Estados Unidos por manipular informações para justificar a invasão do Iraque pela presença de armas de destruição em massa no país, assegurando, dessa forma, e existência de uma guerra imoral e infundada.
O filme é baseado numa história verídica - facto, aliás, comprovado pelas imagens que encerram a obra e que mostram a Valerie Plame real a falar pela primeira vez sobre a sua história perante o
U.S. House Committee on Government Reform.
Naomi Watts assume o papel da agente de forma convincente e humilde e Sean Penn presenteia os espectadores mais uma interpretação deliciosa na pele do seu revoltado marido, Joseph Wilson. O filme tem duas “partes” – a primeira mostra-nos o dia-a-dia de uma competente agente da CIA, as suas responsabilidades e os seus limites; a segunda leva-nos aos meandros do escândalo público, que, apesar de ser um pouco menos interessante no que diz respeito ao espectáculo, nos leva à essência da personagem de Naomi.
É um filme para os que querem saber mais acerca dos bastidores da guerra do Iraque, sobre como funciona o mundo da “intelligence” e o que esteve na base da criação do “mito” sobre as armas de destruição maciça (in)existente no Iraque. No fundo, é um filme sobre imoralidades políticas, num mundo em que vale tudo...

Classificação:
****

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Red – Perigosos (Red)

Cinema kitch

Bruce Willis, Morgan Freeman, Richard Dreyfuss, John Malkovich e Helen Mirren no mesmo filme? Brutal. Seja qual for a história, seja qual for o realizado, seja qual for o cenário… Vale a pena ver de certeza!
“Red” não é um grande filme, mas recomenda-se. Além do fabuloso elenco - um rol de actores vintage do melhor - o filme é uma gargalhada pecaminosa, uma espécie de prazer proibido. Parece uma caricatura, um cartoon de um filme de acção, que recupera todos os clichés que tornaram Willis famoso e que até ele já deixou de lado. Ao mesmo tempo que abanamos a cabeça, incrédulos com a audácia de nos prometerem um manjar e nos apresentarem, em vez disso, comida aquecida no micro-ondas, reviramos os olhinhos para o alto do crânio e rimos com gosto de tanta palermice.

Em resumo? Este filme é um bombom... Mas só para apreciadores!
Aqui fica a sinopse da Lusomundo: “Frank Moses é um agente secreto veterano e reformado que vê a sua actual pacífica vida ser subitamente interrompida por um assassino profissional que o tenta matar. No entanto, Frank consegue neutralizar a ameaça mas rapidamente se apercebe que a sua localização está comprometida e que a vida dos seus entes queridos está em perigo.”
Vejam a coisa como se fosse um livro da Harlequin adaptado ao cinema (mas sem sexo!)… É isso que o realizador parece pretender.

Já havia literatura de cordel. Robert Schwentke parece ter inventado o cinema de cordel

Classificação:
****

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

A Rede Social (Social Network)

O café do Séc. XXI

Este é um filme que retrata o início da nova realidade de 500 milhões de pessoas. Este é um mundo de potenciais ideias milionárias no mundo da informática e o mais interessante é que muitas delas aparecem em mentes jovens que por vezes não têm ideia do potencial valor que a sua criatividade poderá ter no mercado das novas tecnologias.
A sinopse conta: "Certa noite no ano de 2003, o génio da programação e aluno de Harvard, Mark Zuckerberg, senta-se ao computador e começa a trabalhar numa nova ideia. Aquilo que inicialmente era apenas uma mistura de programação e blogging, cedo se tornou numa rede social à escala mundial, que revolucionou a forma de comunicar. Seis anos e 500 milhões de amigos depois, Mark Zuckerberg é o mais novo bilionário da História... mas para este empresário, o sucesso vai trazer-lhe também problemas pessoais e legais. "
Este filme, cujo protagonista não tem facebook, conta ainda com a participação especial de Justin Timberlake, que esteve à altura do desafio. As interpretações não são nada do outro mundo, no entanto, estiveram à altura do que era pedido e guiaram-nos de forma muito simples numa estória que o mundo quer conhecer.

Classificação:
****

Inside Job - A Verdade da Crise (Inside Job)

E nada mudou...

É verdadeiramente assustadora a realidade expressa neste documentário... Apesar de uma sonoplastia muito duvidosa que coloca entrevistados frente a frente com frases graves que não foram ditas na entrevista, mas sim, que foram colocadas à posteriori com o intuito de os ridicularizar, os visados não têm desculpa pelos actos perpretados no passado. No entanto, e o mais assustador de tudo, é que estas são exactamente as mesmas pessoas em quem Barack Obama deposita a sua confiança para (des)governar a grande potência mundial.
A sinopse diz: "Através de uma pesquisa extensiva e entrevistas com economistas, políticos e jornalistas, "Inside Job - A Verdade da Crise", mostra-nos as relações corruptas existentes entre as várias partes da sociedade. Narrado pelo actor Matt Damon e realizado por Charles Fergunson, este é o primeiro filme que expõe a verdade acerca da crise económica de 2008. A catástrofe, que custou mais de $20 triliões, fez com que milhões de pessoas tenham perdido as suas casas e empregos."
Assim, Charles Ferguson mostra o que o jornalismo de investigação pode ter de melhor e pior neste documentário. Desde o apontar o dedo a quem prevarica e se mantém impune, a uma abordagem pouco ética das entrevistas ou melhor, dizendo o essencial de forma cobarde, através de uma pós produção audio que muito me decepcionou...

Classificação:
**

Wall Street: O Dinheiro Nunca Dorme (Wall Street 2: Money Never Sleeps)

O retrato de quem nos trama...

Devo em primeiro lugar realçar que este filme é uma agradável surpresa, e que não é necessário ser-se um guru da economia para perceber que a ficção traduzida neste filme, reflecte a realidade da crise grave que nos afecta a todos, fruto da ganância e lucro descontrolado.
A sinopse da Lusomundo diz:"Quando Gordon Gekko (Douglas) sai da prisão, depara-se com o mundo que outrora dominava. Procurando restabelecer relação com a filha (Mulligan), torna-se sócio do seu noivo Jacob (LaBeouf), que o começa a ter em consideração como um pai. Mas Jacob cedo descobre que Gekko, ainda um génio da manipulação e dissimulação, está atrás de algo muito diferente da redenção."
Assim, Oliver Stone mostra-nos o mundo do crime de "colarinho branco" tantas vezes impune durante anos a fio. O ar esgazedo de Douglas mostra bem toda a força que o dinheiro representa nas suas acções menos lícitas e nem a família o afasta dos seus objectivos e instintos mais primários, ou será que não?...

Classifição:
****

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Oh Não! Outra vez Tu? (You Again)

Os (bons?) velhos tempos...

Tem a sinopse mais curta de sempre: “Quando uma jovem percebe que seu irmão está prestes a casar com a rapariga que a perseguia no colégio, faz de tudo para a expor.” E o problema é que diz mesmo tudo!
A parte mais interessante do filme é ver dois “pesos pesados” do cinema - Jamie Lee Curtis e Sigourney Weaver – mais “crescidos” e a curtir cada cena “destranbelhada”. Encarnam respectivamente a mãe do noivo e a tia (e única familiar) da noiva e têm um passado em comum: também elas se desentenderam no liceu. Além destas duas belíssimas actrizes está Betty White no elenco, o que é, desde logo, uma garantia de uma boa risada. E há também a fantástica Kristin Chenoweth (http://www.youtube.com/watch?v=U5liuHR6wug) num papel necessariamente abaixo das suas capacidades.
É um filme “esquecível”, mas que serve para recordar o bullying do liceu (sim, cá também o há… mas parece é mais psicológico do que físico, ao contrário do que acontece nos EUA)…

Classificação:
**