“Após quase cinquenta anos de casamento, Sofia, a dedicada esposa, amante, musa e secretária de Leo Tolstói – ela copiou o manuscrito de Guerra e Paz seis vezes à mão - vê subitamente o seu mundo virado do avesso. Ao adoptar uma nova religião, o grande escritor russo renuncia aos seus títulos de nobreza, às suas propriedades e inclusivamente à sua família, trocando tudo pela pobreza, vegetarianismo e mesmo o celibato. Após ela lhe ter dado treze filhos. Quando Sofia descobre que o fiel discípulo de Tolstói, Chertkov - que ela despreza - pode ter persuadido secretamente o marido a assinar um novo testamento, onde deixa os direitos das suas novelas icónicas ao povo russo e não à sua própria família, é consumida por uma raiva justificada. Empregando toda a sua astúcia, todos os truques de sedução do seu considerável arsenal, Sofia luta ferozmente por aquilo que considera ser seu por direito. No entanto, quanto mais radicais são as suas acções, mais facilmente Chertkov consegue persuadir Tolstói do mal que ela fará à sua gloriosa herança.”
A complicada sinopse de “A Última Estação”, que a Lusomundo publicita, faz acreditar que o filme se dedica explorar a complexa personalidade e as ideias políticas do génio da literatura russa, Tolstói, embora do ponto de vista da amantíssima esposa. Quando, na verdade, pouco ou nada se saberá acerca do que se passaria no cérebro da complexa personalidade. O filme explora sim, embora de forma superficial, a relação de profundo amor que o une a Sofia. E só isso interessa.
A personagem mais redonda é o secretário Valentin Bulgakov (James McAvoy), que luta entre manter-se fiel aos ensinamentos do mestre ou… fazer como ele faz. As outras personagens – que deviam ser principais – morrem na praia num filme que promete muito e dá pouco. Pena que, com um elenco com Helen Mirren, Chistopher Plummer e Paul Giamatti, o melhor que se possa dizer sobre o filme é que é um ternurento hino ao amor…
Classificação:
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