Um filme cinzento pálido
Já sabemos que este é um daqueles filmes que é um blockbuster garantido. Junta-se uma dose de Angelina Jolie, outra de Johnny Depp, uma pitadinha de Paul Bettany, mais uma de Timothy Dalton e vai ao forno entre Paris e Veneza. Enfeita-se com russos, barcos, canais, comboios rápidos, jactos e obras de arte, mais um guarda-roupa magnífico e… chega-se a receita inevitável do sucesso. Podia ser sobre a plantação de abacates na África do Sul que haveria, igualmente, filas à porta dos cinema para o ver (e Brad Pitt no local de filmagens a “vigiar” a companheira…).
E, neste filme, está tudo benzinho. Mas só.
Angelina está demasiado glamourosa para o tom do filme, Depp demasiado banal e Bettany optou por uma interpretação demasiado intensa para o estilo neutro da obra… Ou talvez seja ele o único que conseguiu capturar a essência do guião e são os outros que se “equivocaram” na escolha da tonalidade da coisa (realizador incluído!), já que, em vez do colorido de um filme de espionagem e acção, de polícias e ladrões, não passam mais do que a emoção de um dia em que a chuva ameaça cair… mas nem sequer cai. O filme fica naquela ritmo neutro de um episódio da Balada de Hill Street vista com 30 anos de atraso... Em resumo, é um filme em tons de cinzento pálido… Esperava-se muito mais! Muito mais…
Classificação:
***