Vamos discutir a relação?
A designação de “comédia romântica” pode pesar sob um filme. Se há os que as devoram, também há os que as abominam, acreditando que nenhuma obra catalogada de “comédia romântica” pode ensinar o que quer que seja. Eu sou daquelas pessoas que, não havendo nada que me chame à atenção no cartaz daquele dia, encolhe os ombros e compra bilhete para uma comédia romântica, ciente de que o objectivo dos autores é mais entreter do que instruir ou fazer arte. E cinema também é isso…
No entanto, é quando se vê um filme como “Terapia para Casais” que se percebe que não é muito justo, por vezes, colocar no mesmo “saco” um filme como, por exemplo, “A Proposta” (http://popcornparadise.blogspot.com/2009/08/proposta-proposal.html) e este, já que o primeiro fica beneficiado com o epíteto e o segundo prejudicado…
“Terapia para Casais” é, efectivamente, uma “comédia romântica”. Senão vejamos: tem comédia e tem romance. Mas faz um pouquito mais do que entreter…
Diz a sinopse no site da Lusomundo: “Uma comédia romântica que acompanha quatro casais do Midwest numa viagem com destino a um resort numa ilha tropical. Enquanto um dos casais está lá para tentar salvar o seu casamento, os outros três fazem jet ski, frequentam o spa e tomam banhos de sol. Mas depressa descobrem que a participação nas sessões de terapia de casal não é opcional… e as suas férias ganham subitamente nova dimensão.” Nem mais.
Neste filme exploram-se quatro casamento em velocidade cruzeiro, com todos os seus problemas trazidos à luz do dia. São quatro tipos de relação diferentes e, logo, quatro tipos de problemas diferentes. Serão quatro possíveis divórcios?
Quem sobrevive? O casal que tenta, mas não consegue ter filhos e tem de lidar com o desgaste dessa situação? O casal que teve filhos cedo demais? O casal que trabalha muito e comunica cada vez menos? Ou aquele em que um dos membros já desistiu?
São quatro situações estereotipadas que levam a plateia a pensar um pouco nas suas próprias vidas… Levante a mão quem está numa relação duradoura e não se questiona, por vezes, sobre se está tudo bem ou se simplesmente se acomodou...
O guião é consistente, com pormenores muito bem conseguidos e engraçados. Os actores são eficazes e convincentes. Os cenários são, como diz uma personagem, “um screen saver”! Em suma, tem tudo o que uma boa comédia romântica deve ter: situações que fazem rir… e pensar…
Classificação:
***