
A actriz, conhecedora dos jogos da profissão, já adiantou que se isso garante sucesso na venda de bilhetes, vai despir-se até aos 70 anos, quando estiver toda enrugadinha. …Percebe-se a resposta. A verdade é que, de tudo o que se pode observar na tela durante aqueles 109 minutos, a única coisa digna de nota verdadeiramente positiva é o desempenho da actriz, que começa a merecer papéis mais exigentes. (Vá, pronto. Talvez valha a pena referir também a participação sempre doce da Golden Girl Betty White. Uma avó adorável... Sempre no registo que lhe conhecemos.)
Ora, esta é, supostamente, uma história de amor. A sinopse diz que “quando a poderosa editora Margaret se vê na iminência se ser deportada para o Canadá, o seu país de origem, a hábil executiva decide e declara que está noiva do seu insuspeito assistente Andrew. Ele, forçado, concorda participar na farsa mas impõe algumas condições. O improvável casal dirige-se para o Alaska para conhecer a excêntrica família de Andrew e a dominadora rapariga de cidade, depara-se com sucessivas situações hilariantes em que se sente como um peixe fora de água. Com um casamento de fachada em curso e um funcionário do controlo de imigração no seu encalço, Margaret e Andrew prometem relutantemente cingir-se ao plano apesar das desastrosas consequências”.
Normalmente, é nestas circunstâncias que o amor acontece. E esta história não foge à regra… No entanto, ao contrário do que o guião nos quer fazer acreditar, Margaret não se apaixona por Andrew, e sim pela família dele, pela cidade natal dele, pelo contexto em que ele foi criado e que lhe faltou a ela. Até porque, na verdade, não chegamos a conhecer Andrew… nem a mãe, nem o pai, nem qualquer das personagens secundárias – pobres! - que colocaram na história apenas para criar gags que nos fazem rir… com Sandra Bullock!
Um aplauso, por isso, a Sandra, que faz rir a até chorar, que, em suma, faz o filme. E o resto é paisagem. E, excluindo as imagens do Alaska, é uma paisagem POBRE!
Classificação:
**