O tédio em versoEste é talvez um dos filmes de época mais "parados" da história. A sinopse conta: "Londres, 1818: uma relação amorosa secreta tem início entre o poeta inglês de 23 anos, John Keats, e a vizinha do lado, Fanny Brawne, uma jovem e sincera estudante de moda. A relação entre este estranho e improvável par até começou mal. Ele achava-a um pouco insolente, ela não se deixava impressionar muito com literatura em geral. Foi a doença do irmão mais novo de Keats que os juntou. Keats ficou sensibilizado com os esforços de Fanny para os ajudar e propôs-lhe ensinar-lhe poesia."
Há vários aspectos incompreensíveis neste filme. Um deles é, pois claro, o aspecto musical. Porquê Mozart (um compositor clássico) quando o filme é sobre o início do romantismo (1918). Ainda para mais, no ano em que o "poeta do piano" comemora os seus 200 anos (Chopin) torna ainda mais imbecil a escolha deste compositor... Como é possível tornar um filme com um conteúdo tão interessante naquele tédio insuportável...A única cena que salva o filme é sem dúvida o poema final que, aí sim, Abbie Cornish deixa-nos colados à cadeira (mais ainda), com uma interpretação que lhe podia valer uma nomeação para um Óscar, não fosse o resto sofrível...
Classificação:
**