domingo, 13 de setembro de 2009

Para lá da Fronteira (Crossing over)

Um filme político...

Este é um filme que põe a nú todos os preconceitos criados pela América Pós guerra(s). No fundo, talvez Portugal também precisa-se de um filme sobre o SEF (de certeza que teria histórias de imigração igualmente interessantes). O que estás disposto a fazer pelo sucesso da carreira ou apenas por uma qualidade de vida melhor é talvez o Busílis deste filme. Até que ponto te prostituis, trabalhas que nem escravo ou levas até ao fim os teus ideais religiosas só para pertenceres a um país com mais oportunidades?
A trabalhar para o Controlo de Alfândega e Imigração (CAI) em Los Angeles, Max Brogan é um agente que jurou controlar a implementação das leis respeitantes à imigração. Ele está em contacto com as milhares de pessoas que tentam cruzar a fronteira dos EUA em busca de uma vida melhor. Por entre as vidas de Brogan; do seu camarada do CAI, Hamid Baraheri; de Denise Frankel, uma advogada de defesa de imigração; e do adjunto de candidaturas do seu marido, Cole Frankel, presenciamos que o impacto da imigração vai muito mais além do aspecto profissional, ao ponto de moldar as suas vidas. As suas vidas intersectam-se por necessidade, acidente ou destino com a trabalhadora de uma fábrica, Mireya Sanchez; a irmã de Hamid Baraheri, Zabra; o jovem talismã de Bangladesh, Jahangir; o músico britânico Gavin Kossef, a actriz australiana Claire Shepard e o adolescente Coreano Yong Kim.
Talvez o filme peque mostrar muitos mais casos falhados do que bem sucedidos mas essa decisão não choca. Uma última nota de atenção: Sean Penn não entra neste filme como indicado de forma errada nos panfletos promocionais...

Classificação:
****