Os Homens são de Marte, as Mulheres São de Vénus: O Filme
Abby Richter é uma romântica produtora de um programa de TV, solteira e neurótica, a quem a busca pelo Príncipe Encantado tem deixado solteira. As audiências do programa estão a descer e o patrão de Abby contrata Mike Chadway, o polémico apresentador da rubrica “The Ugly Truth”, onde Mike explica a sua versão misógina das relações homem-mulher. Apesar das diferenças de personalidade e por imperativo das audiências, os dois são obrigados a entrar num consenso, ao ponto de Mike ajudar Abby a conquistar o Sr. Perfeito.
Os conselhos de “empina as mamas, aumenta os decotes, usa uns saltos, ri-te sempre das piadas dele e nunca o critiques” resultam. Abby conquista Colin, o vizinho, médico e escultural, para pouco depois se aperceber de que ele se apaixonou por uma versão falsa de quem ela é.
E quem é que ama a verdadeira Abby, digam lá…?
O filme é totalmente baseado nos clichés cinematográficos do “homem magoado que conhece mulher romântica mas independente que por acaso é escultural mas não o sabe e que o vai salvar transformando-o no ideal feminino de homem perfeito”. Nada de novo portanto. Os protagonistas desta americanada - óptima para comer pipocas na época estival - são lindos de morrer e dão uns toques como actores, ou seja, basta não se envergonharem para ficarem fantásticos no ecrã. E ficam.
A este factor positivo, juntam-se duas ou três piadas bem conseguidas, sendo a melhor (sem dúvida!) aquela em que Abby decide vestir umas cuecas vibratórias antes de um encontro e acaba sentada num restaurante a fazer a apresentação de uma ideia aos chefes do canal para o qual trabalha enquanto o comando das ditas – ligado - está na mão de um miúdo traquina… Uma espécie de cena à “When Harry Met Sally” dos tempos modernos. Aqui, pontuação máxima para Katherine Heigl, cujo CV (onde consta a série “Grey’s Anatomy” ou “Anatomia de Grey”) não impressiona ninguém.
Fica a curiosidade para ver estes dois (ou até três) actores daqui para a frente. Deixam a impressão de poder fazer mais e melhor… Mas, sendo uma conclusão tirada ao ver um filme cheio de clichés baratos e truques fáceis pode revelar-se um equívoco…
Uma última nota para uma aparição fugaz de Kevin Connolly, o fantástico Eric da série “Entourage” (ou “A Vedeta”), que continua a passar pelo grande ecrã como se não quisesse ficar por lá…
Classificação:
**