quarta-feira, 6 de maio de 2009

A Organização (The International)

Um orçamento em grande origina um grande filme…?

Neste caso sim! A Relativity Media (que produziu também, por exemplo, "The Pursuit of Happyness", "Charlie Wilson's War" ou "Wanted") não poupou em nada. E o guionista, Eric Warren Singer, atreveu-se a sonhar. Imaginou cenários em variadíssimas cidades europeias – de Berlim a Lyon, de Londres a Turim – e pôde até escrever uma cena em que o Guggenheim de Nova Iorque é totalmente destruído. Este filme é, portanto, sonho molhado de qualquer guionista.
O entusiasmo foi tanto que este Eric Warren Singer (Se googlarmos o nome chegamos à conclusão de que terá escrito apenas ESTE filme. De resto foi produtor e actor!) conseguiu escrever um guião simples (no bom sentido), mas verdadeiramente surpreendente, não só devido aos “fireworks” habituais dos grandes orçamentos, mas também criando umas reviravoltas, lógicas mas imprevisíveis, nas personagens e na história… Again: o sonho molhado de qualquer guionista... Neste caso, plenamente desfrutado.
Objectivamente: Um agente da Interpol tenta expor os negócios obscuros de uma instituição bancária internacional, mas, de alguma forma, nunca consegue reunir provas suficientes, nem que para isso tenham de ir desaparecendo pessoas.
O filme é grande em quase todos os sentidos: história, cenários e até actores. A excepção será, talvez, Naomi Watts, a quem “falta um bocadinho assim” para chegar ao nível do que a envolve. Mas nem isso é suficiente para ofuscar o efeito espectacular de todos os ingredientes misturados.
Recomenda-se, sem dúvida, a quem: a) Gosta de histórias de grandes conspirações; b) Gosta de filmes de grandes estúdios; c) Gosta de filmes de polícias e ladrões, versão updated; d) Gosta de ser inquietado com temas actuais ficcionados, como o que é que os grandes bancos poderão andar a fazer com o dinheiros de todos nós; e) Gosta de viajar no cinema.
Só não gostará deste filme quem não gostar de filmes de grandes estúdios… porque é verdade que irrita um bocadinho (só um bocadinho) ser tudo tão possível, tão simples, tão flashy.

Classificação:
****