O melhor filme de acção dos últimos tempos
Este filme é uma autêntica surpresa. Quem for ao cinema à espera de um banal filme de acção americano - mesmo que assuma que Angelina Jolie sabe o que escolhe - não estará seguramente preparado para esta história.
“Como uma agente da CIA, Evelyn Salt (Angelina Jolie) fez um juramento sobre o dever, a honra e o país. Mas a sua lealdade será testada quando um desertor a acusa de ser uma espiã russa. Até a situação ser resolvida, Salt decide fugir, usando todas as suas habilidades e anos de experiência como agente secreto para escapar à captura. Ela tenta provar sua inocência, mas os seus esforços começam a pôr em causa as suas motivações. Enquanto a captura continua eminente, a verdade por trás da sua identidade contínua em questão: Quem é Salt?”
Acreditando na sinopse da Lusomundo, Salt é uma daquelas películas sobre o amor à pátria, já vistas mil vezes no cinema americano, com espionagem e contra-espionagem e muitos tiros e fugas. Não deixa de o ser. Mas, desta vez, talvez por este ser um papel originalmente escrito para Tom Cruise e depois adaptado a uma mulher ou apenas por os guionistas serem simplesmente extraordinários, o espectador “apanha” com uma narrativa densa e bem pensada, com muitos valores básicos e histórias humanas à mistura. Ela parte de um denominador comum mil vezes explorado e dá-lhe um tom absolutamente humano e pessoal. E isso torna esta obra diferente.
É tudo bom. Angelina está no registo que melhor aproveita todas as suas capacidades (físicas e interpretativas), a história é sempre surpreendente - mesmo quando os resultados são os que o espectador suspeita, eles vêm with a twist – e as cenas de acção são irrepreensivelmente coreografadas, sempre no limite daquilo que o espectador aceita que seja, vá, “possível”.
O finalzinho deixa uma ponta solta (o Presidente Americano não terá a resposta que todos procuram?), mas talvez esse “erro” de lógica seja o mote necessário para o desenvolvimento da sequela. Venha ela!
Classificação:
*****