Muita acção e pouca comédia
Juntar Tina Fey a Steve Carell cria expectativas. Um espectador que compra um bilhete para “Date Night” não entra na sala escura à espera de ver uma mera comédia. Quer ser desafiado. Vai ver a próxima geração da comédia hollywoodesca. E sai defraudado…
Neste filme, a dupla é Claire e Phil Foster, um casal suburbano, preso à rotina e sem chama, cuja vida muda numa das suas “noites de saída”. Num bistro da moda em Nova Iorque, apoderam da reserva de outro casal e nunca mais têm descanso. De acordo com a sinopse da Lusomundo, “lembrando-os do que os tornava tão especiais juntos, Phil e Claire defrontam um par de polícias corruptos, um mafioso de alto gabarito e um taxista louco, à medida que a sua saída se transforma numa noite que nunca irão esquecer.”
A premissa é fantástica, mas o resultado fica aquém das expectativas. Se excluirmos os abdominais de Mark Wahlberg, o Audi da personagem dele a alta velocidade e um taxista apavorado na cena de acção principal, a melhor parte da obra acaba por ser as cenas cortadas que passam com os créditos finais. Aí, a dupla maravilha brilha, de facto, dando azo à imaginação em improvisos menos indicados para a idade a que o filme se destina (M/12).
É uma boa oportunidade desperdiçada numa produção muito ambiciosa, mas que não chega para colmatar as faltas de um guião demasiado banal.
Classificação:
**